Cláudio Paixão

Cláudio Paixão
sorriso de menino

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


Mensagem de Rakel...

Olá!
Primeiro foi muito boa ideia criarem isto para ele...! Ele merece algo em grande. As minhas experiências de vida com o Cláudio vêm dos tempos de escola! Eu e muitas raparigas, tivemos daquelas paixões de infância pelo rapaz lindo que ele era exteriormente!
Depois fomos crescendo e cada um seguiu a sua vida e lembro-me perfeitamente dele no nosso clube de desporto, da nossa Brandoa, o ABCD, e lembro-me da alegria de viver e da garra que ele tinha dentro de campo! Da pessoa divertida que ele era dentro e fora de campo, seguro de si mesmo, sorriso sacana e contagiante, mau perder como tudo, mas eram coisas próprias de um verdadeiro lutador e da garra que tinha!
Depois fomos crescendo e afastamo-nos por completo. Por força da vida cruzei-me com alguns familiares dele e sempre ouvi falar dele com muito orgulho e é disto que me lembro... Do sorriso lindo e sacana, mas ao mesmo tempo puro e sincero. Amigo do seu verdadeiro amigo, altivo, mas humilde. Bonito por fora, mas lindo por dentro. Estejas onde estiveres fica bem migo e tem a certeza que aqui em baixo muita gente te guarda dentro do coração.
Beijos para família toda.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

LA GRANDE FAMILIA


Olá,

Vou ficar atenta ao blog… vou enviar em dois mails agumas fotos. Chamávamos ao nosso grupo de amigos (um dos muitos que ele tem) de LA GRANDE FAMILIA… já vem dos tempos de escola. Tenho algumas fotos no meu facebook também bem como a carta que lhe escrevemos…

http://www.facebook.com/profile.php?id=100001086295190

cedido por Marta Graça

Marta Graça...uma amiga!

Amigo, ontem fez dois meses…L e quando ia para casa, enquanto conduzia passou esta música no rádio… e chorei!

http://www.youtube.com/watch?v=KwC0RTAC2Pg

Angel

Spend all your time waiting
For that second chance
For a break that would make it okay
There's always some reason
To feel not good enough
And it's hard at the end of the day

I need some distraction
Oh beautiful release
Memories seep from my veins
Let me be empty
Oh and weightless and maybe
I'll find some peace tonight

In the arms of the angel
Fly away from here
From this dark cold hotel room
And the endlessness that you fear

You are pulled from the wreckage
Of your silent reverie
You're in the arms of the angel
May you find some comfort here

So tired of the straight line
And everywhere you turn
There's vultures and thieves at your back
The storm keeps on twisting
Keep on building the lies
That you make up for all that you lack

It don't make no difference
Escaping one last time
It's easier to believe
In this sweet madness
Oh this glorious sadness
That brings me to my knees

In the arms of the angel
Fly away from here
From this dark cold hotel room
And the endlessness that you fear

You are pulled from the wreckage
Of your silent reverie
You're in the arms of the angel
May you find some comfort here

You're in the arms of the angel
May you find some comfort here


Simplesmente Adoro-te… e tenho saudades tuas, troquei umas mensagens com o Fred e ele dizia “deste que tudo aconteceu, pouca coisa me anima… “, faço minhas as palavras dele.
Um beijo…

Marta Graça
15 Julho 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Palavras de Marta Graça...

Olá meu querido amigo…

Foi apenas hoje que, por acaso, encontrei o teu blog… ver os comentários, abrir uma pagina com o teu nome… fiquei com o coração minúsculo novamente, como quando me ponho a ver fotos ou a recordar-te…!
Faltou-me o ar quando recebi uma msg do Fred a dizer “Já sabes o que aconteceu com o Paixão”, automaticamente liguei-lhe, eram 9h da manhã de sábado “um barco no rio Sado… actividade do Ikea…está uma pessoa desaparecida…é o Cláudio”. Amigo, eu só consegui dizer “eu vi essa noticia ontem…” e desabei… corri para o meu pai a chorar, a tropeçar em pensamentos, em palavras, desesperada… eu vi a noticia e nem no meu pior pesadelo eu pensava que poderia ser alguém meu amigo… TU!
Os dias foram passando, e o sufoco de não sabermos de ti foi horrível, então depois de ver o local, a m… que aquele rio é, eu só conseguia pensar “eu não consigo imaginar que ele ali está” e muito menos que não te iriam encontrar… e no dia que encontraram faltou-me o ar novamente, mas aí com uma intensidade inexplicável, explodiu em mim tudo o que segurei ou tentei segurar até te encontrarem…
O pior dia foi no teu funeral, a ultima despedida, sentia-me e sinto-me exausta de me despedir de pessoas queridas…não sou crente e fico menos ao vivenciar algumas situações porque se Deus existisse, então escolhia os maus e não os bons para partirem…

Quando eu tinha 16 anos vi um primo ser “comido” pelo cancro (ele tinha 29 anos)…Em 2007 à minha prima (a irmã do meu primo), foi-lhe diagnosticada a mesma doença…e ver um filme deste duas vezes… é horrível! Em 2008, vi a minha prima a morrer a cada dia um bocado, esteve internada um mês e eu ia todos os dias vê-la com medo de ser o ultimo dia dela (tinha 30 anos)... ainda em 2008, uma tia e o meu avô… perdi e despedi-me dos três no mesmo ano (Abril, Novembro e Dezembro)… quando o meu avô partiu eu respirei de alivio e pensei “acabou o sofrimento diário deles e o nosso”… sendo que o nosso não desaparece nunca, vai ganhando outra forma, vai acalmando…
Familiares já perdi (não só os que mencionei)…um amigo não pensava perder e muito menos de forma tão estúpida, cruel, ridícula e injusta… eu não quero saber como foi, ouvi tanta coisa e algumas não faziam sentido nenhum portanto, eu prefiro não saber…

Quando penso em ti vem-me à lembrança tanta coisa… dos tempos de escola, que fique o registo, eu as vezes que fui para a rua nas aulas foi por Tu me fazeres rir e não me controlar. Lembro-me de te virares para mim a meio das aulas e dizeres “marta dá-me um beijo na boca” (a mim e a outras colegas porque não te dávamos os beijos, doido…) e agora, sempre que estávamos juntos, não havia uma única vez, que no meio das nossas palhaçadas / parvoíces tu não dissesses “marta, és tão parva” e desatávamos a rir porque era assim que tu estavas sempre e que eu também gosto de estar…a rir!

Tu és querido por muitas pessoas, 26 anos cheios de vida e marcaste cada um de forma especial e inesquecível!! Obrigada… é um prazer e um privilégio ser uma dessas pessoas. Eu adoro-te e tu serás inesquecível para mim!

Um grande beijinho para toda a tua família porque se para nós amigos é difícil, para a tua família ainda mais… Força!

Tenho e terei para sempre saudades tuas…

Marta Graça

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Palavras de Rute Gonçalves...

No início deste Verão Incerto

Hoje apetece-me falar-te. Contar-te a minha vida desde que te foste, as minhas pequenas histórias banais, os meus desencontros com o mundo. Estou junto da tua sepultura, sentada no início deste Verão incerto, as mãos trémulas e o coração nas trevas, o corpo e a alma devastados pela tua ausência. Quero dizer-te tantas coisas, tantas que se atropelam umas ás outras dentro da minha mente já quase louca, tantas que nem sei se vou conseguir expressá-las todas. Mas tenho a certeza disto: não aceito a tua vida interrompida, não aceito o vazio que persiste, não aceito o mundo sem tu existires nele, sorridente e límpido, como tu sempre foste nos dias felizes.
Desde que partiste, tudo ficou fora do sítio. A casa desarrumada, a roupa fora das gavetas, os livros caídos das estantes. Os corações fora do corpo, o amor sem encaixe. E eu sem ti.

O tempo parou nesse dia, e depois disso, comecei a viver num tempo diferente, num universo paralelo, uma espécie de sonho eterno, de onde nunca mais vou poder acordar.
Vivo empurrada pela rotina dos dias, pelas obrigações quotidianas, pelo tempo impiedoso que corre sempre, regular e inexorável, sem pausas.

Pergunto-me muitas vezes, como é possível que, mesmo depois da tua morte, o sol tenha continuado a nascer todos os dias, e as estações tenha mudado, e que alguém tenha sido feliz. Não entendo. O certo seria que tudo ficasse suspenso nesse momento, nesse terrível segundo em que te separaste da vida e de todos nós.
Não consigo viver sem ti. Estou, desde esse dia, á beira do abismo, fascinada pela vertigem da escuridão, ás cegas no centro do labirinto. Não encontro a saída. Estou, definitiva e irremediavelmente, perdida.

O tempo que passa não me alivia a dor. Pelo contrário, torna-a cada vez maior, mais forte, generaliza-a ao corpo todo, torna-me cada vez mais vulnerável. O tempo é escasso, não me chega para lamber as feridas, para me consolar o espírito. Tenho saudades tuas. Muitas. E isso dói-me.

Preciso dizer-te que estou desencontrada do quero e do que preciso. Como quando nos conhecemos, lembras-te? Isso foi há muito tempo, tu eras uma criança traquina e tinhas o coração nos olhos e alma exposta, e sorrias para mim com a confiança e o amor de um irmão.
Gostava que estivesses aqui e que me abraçasses como nesses tempos atribulados, em que chorámos os dois para logo de seguida explodirmos em gargalhadas sonoras. Tu conhecias profundamente o meu coração, a minha essência, e hoje, queria que estivesses aqui, junto a mim, para me dar a mão e para me segredares “Eu entendo”.

Estou destroçada e as lágrimas não são suficientes. Estou desfeita e o tempo passa depressa demais, a vida esmaga-me e tu não regressas.

Sentada junto á tua sepultura, no início deste Verão incerto, quero dizer-te que o meu amor é eterno assim como tu, as tuas mãos de criança e o teu sorriso brilhante, iluminando a minha noite.

Tenho saudades tuas. Muitas.


Rute Gonçalves
25 Junho 2010